domingo, 13 de dezembro de 2009

Será isto?

No amor...
Já fui tudo aquilo que podia ser...
Já dei tudo aquilo que poderia dar...
Já recebi tudo aquilo que podia receber...
Já vivi o grande amor da minha vida...
Já vivi a grande ilusão da minha existência...
Já chorei todas as lágrimas permitidas...
Agora tudo o que vier é por acréscimo.
Gostava de permanecer na ignorância.
Gostava de poder pensar que o amor não é só isto , mas a realidade é bem diferente da fantasia e no meu coração esgotou-se a magia e inocência necessária para perpetuar uma mentira.
Gostava de poder sonhar para além da experiência.
Gostava de poder acreditar em almas gémeas, mas se fossem gémeas tinham partilhado o mesmo útero.
Gostava de acreditar em princepes encantados mas os princepes encantados foram todos para as Cinderelas, Brancas de Neve e Belas Adormecidas desta vida.
Gostava de acreditar que a minha espera não era mera fidelidade a uma ilusão.
Gostava que houvesse mais do que um grande amor por cabeça.
Desejo com todas as forças acreditar que não é só isto... que há mais! Que toda a dor que o destino me fez sentir foi para me preparar para algo tão grande que não cabia no meu coração e eu ainda não possuia as competências necessárias para lidar com isso.
Acredito que tenha sido uma preparação mas uma preparação para AGORA, para este momento! Para saber aceitar que o “para sempre” existe nos contos de fada e no amor só se tem direito uma vez na vida.
Esgotei a minha chance...
Repudio os acréscimos...
Quero algo mais, algo maior!
Mas entre o querer e o poder vai um mundo de distância....

Poeta

Páginas e páginas dedicadas
À fantasia do amor
Páginas e páginas escrevinhadas
Com pedaços da minha dor
Páginas e páginas envolvidas
Em história, côr e magia
Páginas e páginas concentradas
Na volatilidade da alegria
Quantas vezes eu não pensei
Ter encontrado quem me ama
Quantas vezes não constatei
Que só me deixaram na lama
Quantas vezes não sonhei
Que era o homem da minha vida
Quantas vezes não verifiquei
Que apenas lhe tapei uma ferida.
Mas ser assim é ser poeta
Uma explosão pouco discreta
De sentimentos exacerbados
Pelos objectos desejados
Mas ser poeta é ser assim
Dedicar-se à arte de sentir
A tinta da caneta a fluir
Marcando o principio do fim
Mas ser assim é ser poeta
Alguém que no papel projecta
As emoções intangíveis
Os seus medos mais temíveis.

Anatomia do Beijo


Húmido, molhado, desejado
Pulsam as veias de tensão
Acelera o compasso da paixão
Aproximam-se os corpos despojados
De todo a roupa, pudor e prudência
Estendem-se os braços em clarividência
Dançam enroscados os namorados
Drenando nos seus beijos a saudade
Esquecendo no êxtase a sanidade
Fluem rimas de amor eterno
Perdem o norte entre a magia
Expulsam gemidos de alegria

História de Amor

Naquele dia eu sorria
Alheia aos designios do fado
Que nos seus versos já previa
Aquela noite de céu estrelado
Naquele dia em que te conhecia
Já ansiava pelos teus braços
E comtemplei enquanto dormia
A singularidade dos teus traços
Viviamos na enganosa negação
Que apenas os outros ofusca
Mas impedia-a a atracção
De penetrar o nosso coração
Viviamos na insensata busca
Dos nossos olhares desejosos
Dos dialogos poderosos
Dos imaginários beijos gulosos
Toldava-nos o pensamento
Os silenciosos gemidos
Soltos pelo desejo
Envoltos neste sentimento
Fugiam-nos os sentidos
E o pudor do nosso beijo
Momentos de tensão
Segundos de êxtase e paixão
Quebraram o nosso segredo
Elevou-se o véu do medo
E Zéfiro levou-nos ao Céu
As flechas de Eros e Antero
Acertaram em cheio e sem receio
E em celebração do que é mais puro
Ouviram-se os sinos do clero
Mesmo que longe no futuro
És tudo, és o meu mundo
És aquilo que de mais profundo
Reside nos confins do meu ser
Dava tudo num segundo
Para nos meus braços te ter
És real, a minha verdade
A minha imortal felicidade

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Devaneios do Ser

Como ser sem ser o ser
que por vezes desconheço?
Como conhecer sem querer
retornar ao começo?
O que é o ser sem ser
aquilo que é passado?
O que é o ser sem ser
aquilo que lhe foi destinado?
O que é o ser sem ser
aquilo que é presente?
Porque o ser sem ser
é um espectro ausente,
Um vazio decorrente
de um fado renegado...
Este ser sem me conhecer...
Esta tristeza de não poder ser...
Este grito que germina na alma...
Este tornado a rodar e revolver
todo o meu corpo sem calma...
Esta cólera no meu peito a despontar
leva-me a querer fugir e largar
O que me prende no não ser
e simplesmente recomeçar!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Fugir

Para longe de ventos sibilantes
Para um daqueles locais distantes
Repletos de rajadas de harmonia

Para longe de oceanos repugnantes
Para um daqueles locais distantes
Lavados por marés em sinfonia

Para longe de incêndios ultrajantes
Para um daqueles locais distantes
Onde dançam labaredas de euforia

Para longe de montanhas inconstantes
Para um daqueles locais distantes
Com planícies lavradas de fantasia

Para longe de seres rastejantes
Atitudes cínicas e humilhantes
Que plantam na alma melancolia

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O Passado Quer Ser Presente

Recuso-me a sustentar a tua teoria idiota de que podemos ter tudo sem o ter.
Recuso-me a sustentar a tua teoria idiota de que o amor é só para as horas vagas, e para aquelas em que precisamos de prazer.
Recuso-me a sustentar a tua teoria idiota de que a vida não requer romance, partilha ou sofrer.
Recuso-me a sustentar a tua teoria idiota do compromisso descomprometido e da protecção sem abrigo.
Recuso-me a sustentar a tua teoria idiota de que mais do que a aventura e o êxtase eu preciso é de um amigo.
Recuso-me a sustentar a tua teoria idiota de que só os teus termos porão fim ao sofrimento.
Recuso-me a sustentar a tua teoria idiota da liberdade incondicional ser a única a trazer alento.
Fizeste merda durante todos estes anos, admite! E a confiança na tua conjectura não mais persiste…
Fizeste merda durante todos estes anos, admite! E nem agora consegues ser fiel a transmitir o que sentes ou o que sentiste…
Fizeste merda durante todos estes anos, admite! E hoje apelas por meios duvidosos e indirectos ao meu macerado coração…
Fizeste merda durante todos estes anos, admite! E caminhas por estradas duvidosas e tortuosas para chegares ao meu perdão…
Olha para mim e grita! Grita ao mundo o que queres e o que não queres, os teus desejos e os teus anseios...
Olha para mim e grita! Grita ao mundo o que te dói e o que te magoa, o que te flagela e martiriza sem rodeios...
Olha para mim e grita! Grita tudo a alto e bom som para que EU te possa ouvir!
Não penses que as palavras voam com o vento…
Não penses que as pessoas a quem confias as tuas angústias têm o dever de me informar das tuas elações e considerações...
Não penses que eu sou vidente face ao teu tormento…
Não penses que por espalhares a tua alma ao mundo eu vou esquecer as tuas ridículas condições…
Só uma nova teoria trará o amor à lembrança…
Para seres êxtase terás que ser mudança…

Pulsações

Sentir as fortes pulsações
Que escondem a incerteza
Da união dos corações.
Rasgos da loucura do Verão
A interromper o frio Inverno.
Suspiros varrem o coração
Com promessas de suprimir
Este prolongado inferno.
Sentir as fortes pulsações
De quem nega o sentir
E esconde as emoções
Que não tardam a emergir.
É querer o alento da tua presença
É querer o teu toque fugaz
E saber do julgamento a sentença
É saber do vulcão irado e sem paz
Que desperta no espírito apreensivo
Que acorda ansioso e agressivo.
Sentir as fortes pulsações
Do desejo da mesma tortura
Das ridículas elações
Arrancadas de cada ternura.
É ser tua sem sequer querer
É seres meu sem sequer saber
É a expectativa incessante
É a dolorosa dúvida reinante
Em torno do querer, do ter e do ser.
Sentir as fortes pulsações
A mostrarem-se na pele ardente
Fruto da paixão veemente
Estimulada pelas tuas acções.
Sentir as fortes pulsações
Quando estás presente.
Sentir as fortes pulsações
Quando não estás presente.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mudança

A vida é feita de pequenas ou grandes descobertas.
Quando crianças descobrimos que se nos erguermos e caminharmos podemos ter o acesso facilitado aos objectos que desejamos. Por consequência, o nosso corpo muda e adapta-se a uma vida vertical.
Descobrimos que se imitarmos as palavras proferidas pelos nossos progenitores, a comunicação torna-se mais eficiente e podemos dar-lhes a conhecer o nosso estado de espírito, gostos, dores e um infinito número de coisas. Assim, a nossa laringe desce de forma a deixar as cordas vocais mais disponíveis para a emissão de sons.
E, á medida que os anos passam, crescemos, quer mental quer fisicamente e a evolução ou cicatrizes são visíveis a olho nu.
Enquanto adultos, as mudanças face às descobertas, quer mundanas quer espirituais, não são tão perceptíveis.
Todos os dias aprendemos coisas novas, principalmente acerca de nós próprios. Há também alturas na nossa vida em que a mudança dentro de nós é tão palpável que definitivamente aquele ser que nos olha do espelho não é o mesmo, psicologicamente está diferente apesar do físico permanecer imutável.
Quando sentimos a nossa mente a desenvolver, o nosso espírito a evoluir, uma nova porta ou janela abrir numa sala que achávamos fechada, como mostrar ao mundo que estamos diferentes, mais livres, mais conhecedores de nós próprios?


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Anatomia do Amor


Com a calma de um tornado, dou um passo em direcção ao infinito. Cada dia uma monção evitada pela persistência de uma doença chamada esperança no amor.
Os seus sintomas são meus companheiros de viagem – o êxtase do sistema nervoso, o furor do sistema cardíaco, a deliciosa náusea do sistema digestivo, o total desarme do sistema imunitário e as sinapses molhadas do sistema reprodutivo.
Esta é a parte favorável que nos provoca o júbilo e acentua a crença na concretização da doença.
No entanto, tal como outras doenças, a esperança tem sempre sintomas positivos antes de atingir o seu pico nefasto.
Este pico tem como principais características a paragem respiratória, a ruína e/ou compressão do sistema cardíaco, a secura ocular que provoca a incessante abertura das vias lacrimais. Também um aumento das sinapses cerebrais que levam à elaboração de causas tanto plausíveis como ridículas para o evento que provocou o despoletar da doença, ou do pico per se; assim como o colapso do sistema nervoso, um total desapego pelo sistema imunitário e, consoante o ataque, a fúria por preencher ou esvaziar o sistema digestivo.
Para tais sintomas desta doença seria de esperar que o indivíduo, cuja doença assolou, rapidamente tomasse as precauções necessárias para se livrar de tal surto.
Com um simples comprimido supressor das endorfinas que causam o malfadado amor, uma boa dose de razão e sapiência por IV, bem como um supositório-promessa de se “deixar disso” facilmente eliminava todas as consequências desta dolorosa doença e todos os sistemas humanos voltariam ao seu normal funcionamento.
Contudo, a esperança no amor é de tal forma assombrosa que pode tornar-se crónica e cíclica, como é o meu caso (se bem que ultimamente tenho sentido apenas o efeito do seu pior ciclo, e não há comprimido, IV ou supositório que me faça regressar ao estado normal de existência).
Permaneço, portanto, com a calma inconformada de quem já aceitou o seu destino e as implicações deste estado.
Sabendo que a cada passo caminho na direcção de um terramoto privado, que estremece e controla toda a razão e todo o meu ser; seguido, obviamente, por um dilúvio provocado essencialmente pela força das lágrimas que me assolam.
É fácil caminhar quando já sabemos o que nos espera… apesar de a esperança, que reside no âmago desta doença, não ser a de esperar por uma dor avassaladora, mas a de o amor resultar como nos contos de fada.
Como diria um qualquer sábio do séc. XX, “O príncipe encantado não existe. A Cinderela já o encontrou!”.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Fantasma Reincidente


Lá estás tu outra vez…
A tua voz a exigir de mim aquilo que eu não te quero dar.
O teu toque a obrigar-me a preencher a minha alma da tua memória.
O teu olhar a esvaziar-se de mentiras poderosas e verdades dolorosas.
Será que desta vez vai ser diferente e a distância apagou a lembrança do êxtase do teu beijo?
Será que desta vez o tempo curou a abertura feita pelo teu punhal que jazia ao abandono na piscina de sangue do meu peito?
Será que desta vez estou livre do teu feitiço para finalmente poder lançar os meus?
Lá estás tu outra vez a invadir o meu ser com a tua música desconcertante que entorpece os sentidos e desarma a razão.
Lá estás tu outra vez montado num corcel branco a roubar a paz adquirida na tua ausência.
Lá estás tu outra vez com promessas vazias de purgar o breu da minha noite, que por força da minha luta interior encontrasse já estrelada.
Lá estás tu outra vez a aproveitares as minhas carências e a tratá-las com a mestria de um ladrão de sepulturas.
Lá estás tu outra vez a dar-me o calor que eu preciso, mas ao retirá-lo quando eu reclamo o que seria meu por direito, a retirar-me o calor, o chão, o céu e o mundo.
Lá estás tu outra vez a deixar-me chafurdar na lama que ajudaste a criar com o pó do teu desprezo e as lágrimas da minha dor.
Lá estás tu outra vez a pilhares o meu corpo e a violar a minha alma, alheio ao facto de não seres bem-vindo.
Desta vez é diferente!
Purifiquei-me da tua presença no meu espírito através dos quilómetros que nos separaram, dos corpos que me ampararam, da força que me impelia na incessante procura de pacificação interior.
Já conheço as tuas manhas e artimanhas, as tuas armadilhas e subtilezas que me levaram vezes sem conta de volta à angústia da tua teia.
Conheço de cor essas palavras cheias de esperança e falsidade, esse tom inocente e provocatório que ensaia a tua voz, esse toque sem tocar, esse querer sem querer, que me levou outrora ao desespero.
Desta vez não! Desta vez não és mais do que um fantasma do que já foste. Uma ameaça do passado que voltou para me assombrar. E eu já não sou a criança que fui…. Eu não tenho medo de fantasmas!
Desta vez não! Desta vez a sapiência adquirida na dor e o conhecimento drenado das lágrimas estão fervorosamente em alerta e em acção permanente para prevenir que eu volte a cair na tentação do teu sorriso.

Não Mais


Não é desistir nem fugir
É estar completamente farta
Não é esconder nem sofrer
É estar absolutamente cansada
Procurar e apenas encontrar
O vislumbre do que poderia ser
É o que me deixa danada
É a ganância pela felicidade
Que me faz escorregar e cair
Numa mentira ou meia verdade
Que qualquer um proferir
Sim, talvez seja desistir
De ouvir sempre o mesmo fado
Cheio de tristeza e passado
Sim, talvez seja fugir
Do rio de lágrimas de percurso incerto
Que acompanha os meus passos de perto
Sim, talvez seja esconder
Numa vivência chata e confortável
Pois noutra seria certamente miserável
Sim, talvez seja sofrer
Dos desígnios de um destino
Com o qual eu não atino
Desalmada pelo amor e na penúria
Encontrarei abrigo na luxúria
Para as carências do corpo e coração
E, assim, evitarei a desilusão
Já não procuro por ti amor
Já não resides em mim paixão
Nunca me voltarás a encontrar dor!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Never Again

No time left to wait!
As the wind blows
It sweeps away all faith
Love turned into a corps
Surrounded by scavengers and crows
Still, those messages from fate
Come to me in Morse code
And I cannot understand
Those are dots I need to read
To avoid a life of bland,
Dull, insipid moments
Meanwhile, this bleed
Caused by all your torments
I learnt how to patch
But when it comes to healing
For that, love has no match
Meanwhile I’ll be denying
That everything I do
Is because I’m missing you
I’ve cried my last tear
I’ll held my head up high
Attitude will hide my fear
That for as hard as I try
I’ll never be dazzled and dazzling
I’ll never be excited and exciting
I’ll never have that feeling
I’ll never love again.

O Sono da Humanidade

A existência cansa-me… Cansa-me ao ponto de querer dormir, ingressar num mundo de fantasia em que o ser não existe para além do próprio eu. Os seres que habitam esta Terra cansam-me… Cansa-me a sua petulância, as suas manias, o prazer que obtêm do infortúnio e o  sonho partilhado de serem maiores e melhores do que na realidade são. Cansam-me os seus risos histéricos e falsos, os seus olhares inquisidores e os trejeitos de imponência. Cansam-me os seus amores sem dores, as suas amizades sem amor, as suas faltas de transparência e as suas máscaras que encobrem o verdadeiro eu. Cansa-me que meçam o valor pelo ouro e que os seus espíritos se percam em coisas vãs e mundanas, em quem, como e onde, em materiais e imateriais sem importância. Cansa-me saber que também eu me estou a tornar corpo… Cansa-me perder o meu espírito no meio da multidão insípida. Cansa-me perder-me, pensar que me encontrei e voltar a perder-me sobre a influência do meio. Cansa-me ser um autómato nas mãos de uma humanidade que está constantemente a tentar reprogramar-me. Cansa-me ser o que não sou para que possa simplesmente existir. Cansa-me não me conhecer… Chega…Vou dormir!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

What I need to be Free


It’s crazy how fate unfolds right in front of your eyes… What you didn’t understand a few months back in the past, or a few years, in a moment is crystal clear in your mind… All the pain and suffering in your heart is swept away by destiny’s action in your life. All the hurtful lies you told yourself to be bravely proud, the hurtful lies that hid those feelings of self scorn and pitiful love, are slowly turning into full grown truths. You can’t stop it! You can’t control it! You can’t change it! You can’t change the present as much as you can’t change the past… the future is rewritten at every step you take. My heart saw you as an adventure in my dull life of work and crazy nights in the same places. You were excitement, you were novelty, you were a challenge that for months I couldn’t let go. You were my sadistic reminder of my teenage years. You were my sadistic delight because nothing nor no one could fill the emptiness. Seconds, minutes, hours, days, months where I fooled myself into thinking you were no longer in my heart. Seconds, minutes, hours, days, months where I would let you use and abuse whatever little I had to give. And all I needed to let go was the same excitement, the same novelty, the same challenge you represented, to fill my heart and life with adventure. One month as passed since I last saw you. One month on the road, meeting new people, new places, new challenges, new fun and exciting dangers. One week has passed since I realized you no longer lived in me. I am empty of you… and I feel finally free!

Muitas vezes Obrigado!


Muitas vezes corremos para o fim quando ainda estamos no princípio. Muitas vezes estamos sedentos e não consideramos a hipótese de a água que bebemos estar envenenada. Muitas vezes não vemos a verdade por entre os véus que teimamos em colocar na nossa cabeça. Muitas vezes deixamos o orgulho tomar as rédeas da nossa carruagem. Muitas vezes perdemos a fé na nossa força e entregamo-la a um qualquer príncipe que nada tem de encantado. Muitas vezes pomos uma máscara brilhante para ocultar o breu que existe no nosso semblante. Muitas vezes deixamos o rio correr sem nos preocuparmos para onde vai. Muitas vezes desejamos o que não queremos, temos o que não precisamos e não damos valor àquilo que realmente nos mantêm a respirar. Muitas vezes esquecemo-nos que a nossa maior dádiva é sermos únicos, sermos nós próprios e termos força para vencer o mal, o bem e o que vier….. Obrigado a todos aqueles que me lembram que há um intermédio. Obrigado a todos aqueles que me mostram as melhores fontes para me saciar. Obrigado a todos aqueles que me levantam os véus para eu saber a verdade. Obrigado a todos aqueles que empurram o meu orgulho do comando e me dão as rédeas para eu liderar. Obrigado a todos aqueles que me ajudam a restituir a fé no destino e a tirá-la das mãos de príncipes erróneos. Obrigado a todos aqueles que conseguem ver para além da brilhante máscara e que me obrigam a afastar o breu do meu semblante. Obrigado a todos aqueles que tentam desviar o rio para percursos mais certos quando sentem o meu despreocupar. Obrigado a todos aqueles que me lembram do importante e me fazem reconhecer o que é insípido. Obrigado a todos aqueles que acreditam na minha força quando eu deixo de acreditar, que conhecem a singularidade do meu ser e de todas as formas possíveis utilizam a sua própria força para me erguer os braços quando eu deixo de lutar. Obrigado a todos aqueles que estão presentes nas muitas vezes que eu preciso!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Stranger in the Night

In the mist of a lonesome night, Mother Earth was rumbling beneath my feet, as if telling me that was a night I could not miss.
In the mist of a lonesome night I felt a Stranger watching me. I caught his eye, his deep soulful eyes. The kind of eyes that are eager to see the world, as if knowledge about something or someone, to him, was just a glance away.
I felt a shiver down my spine, and he looked away. The Stranger feared what he had seen, either was too much or too little for him.
In the mist of a lonesome night, I ignored the desire crawling beneath my skin… and I ignored Mother Earth’s constant warnings under my bare feet.
In the mist of a lonesome night I saw the Stranger smiling when he looked again at me… It was the kind of smile that can hold mischief and sweetness… like a child’s smile after an innocent prank.
In the mist of a lonesome night I half ignored the shivers and the crawling and the warnings. I danced and I danced oblivious to the fact that I wasn’t too little, I wasn’t too much, I was just right.
As I danced we got closer… As we danced words rolled and twirled in our tongues, of places we’ve been, things we’ve seen and other senseless things.
A silent moment in the crowd… It was just me and the Stranger.
A silent moment in which we had a silent talk that has taught us more about each other than a million of meaningless words.
A silent moment in which we learnt about the fire erupting in each others hearts.
A kiss… A kiss that turned that lonesome night in a night full of bliss.
On a blissful night I met a Stranger, that inhabits my fantasies.we kiss, we love, we dance, we play and we see the world together everytime I visit that secret garden inside my mind.
We can never let each other down, we can never lie or be dismissed.
Forever sweethearts in a garden of fantasy.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Chill Out Sessions

A noite de 24 de Abril ficou marcada este ano não pelas comemorações do 25 de Abril mas sim pelas festas nocturnas que percorreram a cidade de Lisboa. Quem vesitou o Bairro Alto, sabe que a noite não se passava como habitualmente a deambular pelas ruas e pelos bares, mas sim no Largo Camões, onde foi montado um palco com um ecrân gigante onde passavam frases descabidas (na minha ideia faziam alusão há liberdade de expressão) com um DJ a passar um som brutal! Não sei porquê, por obra de quem, e também não quero saber! Sei que estivemos até à 1h da manhã a pandamizar naquela discoteca ao ar livre improvisada (e muito bem improvisada!).

Mas o auge dessa noite ainda estava para vir! Durante o dia a Sandra Isabel descobriu que a Faculdade de Arquitectura ia presentear os estudantes lisboetas com uma festa de electro e drum. Não fossemos nós gostar tanto de electro e drum, enfiamo-nos num táxi rumo à Ajuda.

Foi a loucura total! Adorei! Adoramos! Para o ano estamos lá outra vez! Os DJs eram óptimos, o espaço estava bem concebido (tendo em conta que aquilo é uma faculdade), brincámos, dançámos e saltámos tanto que no dia a seguir até pensei que tinha partido todos os ossinhos dos meus pés!

Como seja não bastasse arranjamos uma amiga nova, a Jumenta! É um bocado ressabiada, pois andou a noite toda aos beijos com múltiplos indivíduos e fazia questão de ser apalpada por todos os lados….até gemia! Mas também, quem é que resiste a uma franga de plástico em tamanho real?!

Aqui fica um vislumbre dessa noite!

terça-feira, 28 de abril de 2009

Sonho

Ontem à noite tive um sonho muito estranho… sonhei que estavam a dar uma festa no R/C do meu prédio, e que os convidados saltaram tanto que provocaram um terramoto. Com isto, o meu prédio ruiu… Eu olhava para os destroços a ver se encontrava alguns resquícios da minha casa, do meu quarto, da minha vida… Nada!
Mas a tristeza de ter perdido o meu passado, ou por ao menos as lembranças às quais eu me agarrava, essa não desceu sobre mim. Olhava para o cenário caótico serena, quase como se conhecesse o futuro. Estava bem, conformada, quase que pronta para deixar para trás a destruição e seguir em frente. Não pensava em reconstruir aquela que foi a minha casa, o meu passado, mas sim em mudar de casa, no futuro.
Por vezes sabemos que precisamos de mudar, de esquecer o passado, ou por ao menos não ter o passado presente, e olharmos para o futuro como uma oportunidade de nos transformarmos. O presente serve como um casulo, em que crescemos e nos transformamos em borboletas.
Contudo, é difícil deixarmos o passado, pois o futuro é incerto e o presente que resultou do nosso passado é torna-se um conforto, algo que conhecemos. Vivemos assim num presente saudosista com medo de mudar, limitados pela nossa neofobia.
Em todas as nossas vidas é preciso um momento em que renascemos, em que crescemos e pensamos: “Disparate!”. A realidade é que é nessas alturas em que não estamos felizes com o nosso passado, o presente não apresenta muitas perspectivas de felicidade e nós andamos naquele limbo, em que não andamos para a frente, limitamo-nos a contemplar o passado e a arranjar uma forma de revivê-lo.
A mudança é imperativa! Só com a mudança existe evolução!É tempo de deixar as ruínas do passado para trás. O passado é passado, não sobrevive, nem nas lembranças. É tempo de mudar de casa, de quarto, começar a construir lembranças novas e um novo passado onde sejamos felizes.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Força Nuclear

A vida ensina-nos coisas maravilhosas….
Ensina-nos a ser fortes, a ter esperança.
Ensina-nos a renascer de cada vez que os desígnios do destino arrancam um pedaço de nós.
Ensinam-nos a rejuvenescer e a olhar para as situações em perspectiva.
Ensina-nos que nada é certo, que não podemos contar com nada e que este caminho que percorremos é uma luta constante.
A vida ensina-nos a perdermo-nos e a encontrarmo-nos.
O nosso rumo não está traçado, somos nós que o construímos com a nossa força, aquela que conseguimos encontrar dentro de nós próprios, que constitui o nosso núcleo, o nosso ego, essa força que nos ajuda a levantar e enfrentar qualquer situação que se nos apresenta.
Lidamos com essas situações, melhor ou pior, da forma que conseguimos, melhorando ao longo do tempo com a experiência que adquirimos, mas é essa forma só nossa, tão própria, tão única, de utilizar a nossa força nuclear para nos reconstruir e lidar com os nossos erros, e por vezes com os erros dos outros, que define a nossa individualidade.
É essa força nuclear que constrói o nosso caminho, que determina a nossa vida e quais as lições que dela retiramos.
É a força nuclear que nos ajuda a reinventar e reconstruir a nossa felicidade.

Betrayal


Reckless stream of emotion
Caught my soul on fire
All friendship and devotion
Was swept away by desire
My friend, my sister, my rock
Stabbed my heart with betrayal
Self-preservation through denial
Let feelings and thoughts run amok
Shameless and ruthless
Killed the last of my bliss
My sister and my love
United in a hurtful kiss
The awkwardness of deceive
Forged nightmares in my brain
There’s nothing left than forgive
And reborn within the pain

terça-feira, 31 de março de 2009

Soundness of the Heart

With a promise of no tomorrow
You left me empty and hollow
And the silence that follow
Brought a cold meaningless void
Brought a dark room with no air.
There I laid, naked and destroyed
Breathless in a nightmare.
But in the mist of self-scorn
Hate and pride made me reborn
Healed wounds and strengthened core
Thought you couldn't take more.
Clouded my own insanity
With lies of a white dove above
Wronged myself in vanity
Masking a drunken heart with love.
But again and again you took
Robbed my embrace and my kiss
The world trembled and shook
With a mirage of the lost bliss.
Tough to be a fun little game
A mere pawn you move around
And yet, I have no shame:
It's my heart that keeps me sound!

segunda-feira, 9 de março de 2009

Vegan ou Vegetariano?

Há dias em conversa com a Flipa discutiamos o porquê de ter escolhido ser Vegan e não Vegetariana. Para mim é incompreensível como é que alguém põe de parte a carninha para se dedicar única e exclusivamente aos vegetais e derivados. Não consigo compreender ainda mais quem põe carninha e derivados de parte e dedica-se somente a uma alimentação à base de vegetais. A Flipa explicou-me que para ela o vegetarianismo não estava sequer no baralho de escolha. Ser vegetariano é ser cínico, é estar a apoiar a causa apenas a 50%, se ela se ia meter nisso teria que ser a 100%. 100% a apoiar a causa é ser vegan. No amor é a mesma coisa, ou somos vegans românticos, ou vegetarianos românticos. Ou somos cínicos ao ponto de estarmos a 50% numa relação, a enganarmo-nos a nós próprios e à outra pessoa; ou arriscamos 100% por essa causa maior chamada felicidade. Podemos arriscar a subnutrição amorosa, mas ao menos somos assolados pela paz de espírito de quem deu tudo por tudo, fez das tripas coração, e rejeitou a carne e derivados da vida para apoiar o amor e a felicidade do próprio e do outro. Caso a subnutrição amorosa não ocorra, então aí é porque conseguimos conciliar todas as agruras da nossa escolha com todos os seus beneficios físicos e psicológicos. Se formos vegetarianos românticos vivemos apenas das aparências. Daquilo que achamos que queremos e não do que queremos realmente. É porque não nos conhecemos o suficiente para adoptar um comportamento que vá de encontro aos nossos ideais, porque também não os conhecemos bem. Estamos dependentes de modas, do conforto já conquistado... Por medo ou comodismo não queremos arriscar nutrirmo-nos de um amor benéfico pois o benefício nunca é certo.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Estações do Coração

Começei o Outono cansada! O meu coração estava de rastos... a sufocar!
Não queria outro amor... outro amor era igual a dor!
Começei o Outono conformada! O meu coração aceitou a derrota e sabia que não iria sentir mais êxtase... pois sem êxtase não havia aperto.
Começei o Outono magoada! Magoada por promessas, histórias de amor eterno, de princesas e princepes perfeitos, por um coração esmagado pela fantasia.
Começei o Outono e logo me apercebi que no meio do trabalho, das aulas, do tempo para os amigos e familia, mão me sobrava espaço para namorados, para me apaixonar.
Começei o Outono a baixar as guardas pois não só não queria o amor, como também não tinha tempo para ele...
Mas tu entraste no meu Outono e seduziste-me com o teu jeito de menino.
Tu entraste no meu Outono e arranjaste tempo no meio da minha falta de tempo para que eu me enchesse da tua magia. Levaste-me a rodopiar no êxtase da tua presença e a voar na brisa de uma ilusão muito bem tecida por entre envestidas, negações, elações e confusões.
Tu entraste no meu Outono e devolveste-me a esperança e vitalidade.
Começei o Outono a sorrir... Alienada das verdadeiras intenções daquela criatura mágica que me elevava a cada gesto. Alienada das consequências que eu tão bem conhecia. Alienada da verdade que, por obra das tuas acções, me fugia à razão.
Começei o Inverno cansada! O meu coração antecipava o sufoco que estava prestes a sentir. O amor voltou a igualar-se à dor e eu, impavida, exarcebava a cada toque o que sentia.
Começei o Inverno conformada! O meu coração aceitou a derrota mas continuava a ansiar pelo êxtase que percorria o meu corpo quando estava contigo.
Começei o Inverno magoada! Magoou-me saberes o que se passava no meu coração, a luta diária por te ter comigo, e continuares a alimentar esta chama que me consumia.
Começei o Inverno a gelar as lágrimas, a apanhar os meus cacos do chão, pois mais uma vez o amor levou à dor, o êxtase ao aperto e a magia à melancolia.
Começei o Inverno com a frieza da tua negação, e nem o calor do meu amor combatia a tua hipotermia.
Tu saíste do meu Inverno e deixaste-me na ânsia pela Primavera.
Uma Primavera em que eu me possa levantar, descongelar as lágrimas e voar feliz com os pássaros que regressam agora para construir o seu ninho... ignorante da tua presença na minha vida.
Uma Primavera de recomeços! Em que possa voltar a ser eu sem sombras do Outono em que o meu coração partiu e do Inverno em que o meu coração ruiu.
Sem sombras de quando eu me perdi no labirinto do amor.
Uma Primavera sem êxtase e sem melancolia.

BOM 2009!!!!

Tudo começou com um convite do nosso Richard! Fim de ano... Albufeira... 22pessoas, uma piscina, 5 garrafas de alcool por pessoa e uma casa... Como é que alguém consegue declinar este convite?! Lá foram as 3 babes no zé pimpão para albufeira todas malucas para aquilo que se tornou na melhor passagem de ano de sempre (Seguido de três dias de ressaca)! Obrigado Ricardo pelos bons momentos e pelo maravilhoso convite! Querem saber o que se passou? What Happens in Albufeira... Stays in Albufeira! Só posso adiantar que foi muito abusado!