quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Estações do Coração

Começei o Outono cansada! O meu coração estava de rastos... a sufocar!
Não queria outro amor... outro amor era igual a dor!
Começei o Outono conformada! O meu coração aceitou a derrota e sabia que não iria sentir mais êxtase... pois sem êxtase não havia aperto.
Começei o Outono magoada! Magoada por promessas, histórias de amor eterno, de princesas e princepes perfeitos, por um coração esmagado pela fantasia.
Começei o Outono e logo me apercebi que no meio do trabalho, das aulas, do tempo para os amigos e familia, mão me sobrava espaço para namorados, para me apaixonar.
Começei o Outono a baixar as guardas pois não só não queria o amor, como também não tinha tempo para ele...
Mas tu entraste no meu Outono e seduziste-me com o teu jeito de menino.
Tu entraste no meu Outono e arranjaste tempo no meio da minha falta de tempo para que eu me enchesse da tua magia. Levaste-me a rodopiar no êxtase da tua presença e a voar na brisa de uma ilusão muito bem tecida por entre envestidas, negações, elações e confusões.
Tu entraste no meu Outono e devolveste-me a esperança e vitalidade.
Começei o Outono a sorrir... Alienada das verdadeiras intenções daquela criatura mágica que me elevava a cada gesto. Alienada das consequências que eu tão bem conhecia. Alienada da verdade que, por obra das tuas acções, me fugia à razão.
Começei o Inverno cansada! O meu coração antecipava o sufoco que estava prestes a sentir. O amor voltou a igualar-se à dor e eu, impavida, exarcebava a cada toque o que sentia.
Começei o Inverno conformada! O meu coração aceitou a derrota mas continuava a ansiar pelo êxtase que percorria o meu corpo quando estava contigo.
Começei o Inverno magoada! Magoou-me saberes o que se passava no meu coração, a luta diária por te ter comigo, e continuares a alimentar esta chama que me consumia.
Começei o Inverno a gelar as lágrimas, a apanhar os meus cacos do chão, pois mais uma vez o amor levou à dor, o êxtase ao aperto e a magia à melancolia.
Começei o Inverno com a frieza da tua negação, e nem o calor do meu amor combatia a tua hipotermia.
Tu saíste do meu Inverno e deixaste-me na ânsia pela Primavera.
Uma Primavera em que eu me possa levantar, descongelar as lágrimas e voar feliz com os pássaros que regressam agora para construir o seu ninho... ignorante da tua presença na minha vida.
Uma Primavera de recomeços! Em que possa voltar a ser eu sem sombras do Outono em que o meu coração partiu e do Inverno em que o meu coração ruiu.
Sem sombras de quando eu me perdi no labirinto do amor.
Uma Primavera sem êxtase e sem melancolia.

2 comentários:

Anónimo disse...

já reparas-te que o Outono acabou há imenso tempo.
O Inverno está acabar e a Primavera a começar....Mas..onde está esse levantar voou rumo a um novo ninho? essa Primavera?
Ainda está para chegar??
Tenho esperança que sim..
Os primeiros raios de calor já fazem-se sentir..Isso de certeza pode ser uma chegada das andorinhas...
Aguardo pelo Verão....

kiss kiss adoro-a babe

Anónimo disse...

A primavera ainda não chegou mas o solsticio da primavera está aí a bombar...

o problema não é levantar voo, estou a planar há muito tempo. o problema é sim arranjar um poiso extremamente satisfatório que eu possa chamar de lar.

e não me vou contentar com menos do que isso... prefiro andar aki a planar!

mas lá para o verão a situação já deve tar resolvida, e senão tiver poiso no unico sitio em que me sinto em casa neste momento: no colo e abraço das minhas amigas! (tipo tu!)

de certeza que elas não se vão importar de me aturar durante uns tempos... ;)

palém disso... verão não é de poisos, é de loucura com as babes!!!!!! :P