domingo, 13 de dezembro de 2009

História de Amor

Naquele dia eu sorria
Alheia aos designios do fado
Que nos seus versos já previa
Aquela noite de céu estrelado
Naquele dia em que te conhecia
Já ansiava pelos teus braços
E comtemplei enquanto dormia
A singularidade dos teus traços
Viviamos na enganosa negação
Que apenas os outros ofusca
Mas impedia-a a atracção
De penetrar o nosso coração
Viviamos na insensata busca
Dos nossos olhares desejosos
Dos dialogos poderosos
Dos imaginários beijos gulosos
Toldava-nos o pensamento
Os silenciosos gemidos
Soltos pelo desejo
Envoltos neste sentimento
Fugiam-nos os sentidos
E o pudor do nosso beijo
Momentos de tensão
Segundos de êxtase e paixão
Quebraram o nosso segredo
Elevou-se o véu do medo
E Zéfiro levou-nos ao Céu
As flechas de Eros e Antero
Acertaram em cheio e sem receio
E em celebração do que é mais puro
Ouviram-se os sinos do clero
Mesmo que longe no futuro
És tudo, és o meu mundo
És aquilo que de mais profundo
Reside nos confins do meu ser
Dava tudo num segundo
Para nos meus braços te ter
És real, a minha verdade
A minha imortal felicidade

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