terça-feira, 29 de setembro de 2009

Pulsações

Sentir as fortes pulsações
Que escondem a incerteza
Da união dos corações.
Rasgos da loucura do Verão
A interromper o frio Inverno.
Suspiros varrem o coração
Com promessas de suprimir
Este prolongado inferno.
Sentir as fortes pulsações
De quem nega o sentir
E esconde as emoções
Que não tardam a emergir.
É querer o alento da tua presença
É querer o teu toque fugaz
E saber do julgamento a sentença
É saber do vulcão irado e sem paz
Que desperta no espírito apreensivo
Que acorda ansioso e agressivo.
Sentir as fortes pulsações
Do desejo da mesma tortura
Das ridículas elações
Arrancadas de cada ternura.
É ser tua sem sequer querer
É seres meu sem sequer saber
É a expectativa incessante
É a dolorosa dúvida reinante
Em torno do querer, do ter e do ser.
Sentir as fortes pulsações
A mostrarem-se na pele ardente
Fruto da paixão veemente
Estimulada pelas tuas acções.
Sentir as fortes pulsações
Quando estás presente.
Sentir as fortes pulsações
Quando não estás presente.

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