sábado, 6 de dezembro de 2008

"HOT: Ter esperança"

Peço a quem tiver comprado a Máxima do mês de Janeiro 2009 que a abra na última página, casa da secção HOT&NOT. Na caixa vermelha que marca uma das melhores novas tendências pode-se ler o seguinte: "HOT: Ter esperança. NOT: Baixar os braços. Num mundo cada vez mais globalizado, massificado e indiferente até nos sentimentos e ideais, há que mudar a forma de olhar o mundo e os outros". Não creio que seja ter esperança que está na moda, mas sim sermos optimistas. Optimista para sentirmos que, apesar das adversidades vamos conseguir chegar aos nossos objectivos. Optimistas para tentar arranjar formas criativas de ultrapassar os obstáculos que o destino nos apresenta e saber que, mesmo que tudo corra mal, mesmo que neste momento as coisas possam não estar bem, o ser humano tem uma capacidade extraordinária de se reinventar. Optimistas para pensarmos que, apesar de agora estarmos a sofrer (seja qual fôr a nossa dor), o tempo é um optimo aliado para nos aliviar. Por mais que doa agora, daqui a uns meses a dor já não será tão forte (se é que não se tornou inexistente). Ter esperança é um conceito algo controverso. Todos dizem que “a esperança é a última a morrer” e “onde há vida há esperança”, mas eu acho que a esperança depende de três variáveis: Situação, Actuação e Paciência Relativa. Podemos ser optimistas, mas o nosso optimismo tem que ser realista para que a esperança que vamos cultivar não se torne numa utopia, num conto de fadas que contamos a nós próprios para suavizar a nossa falta de acção. Para começar devemos compreender a realidade. Saber se aquilo que esperamos conseguir para nós depende inteiramente de nós ou envolve outros, quais as consequências positivas e negativas e toda a envolvente que condicionará a forma como alcançamos o nosso objectivo. Depois não podemos baixar os braços e esperar que as coisas aconteçam. Temos que lutar, agir em conformidade. Nada do que tem realmente valor acontece sem luta. Por último, temos que ter noção da amplitude da nossa paciência numa dada situação. Não podemos ficar eternamente à espera que D. Sebastião apareça numa manhã de nevoeiro para nos salvar, há coisas que, por mais esperança que depositemos nelas, nunca se vão concretizar. De forma que será necessário ou arranjar uma nova meta, ou um compromisso de forma a que a perca não seja tão grande. A paciência é um factor bastante importante porque, por um lado é necessário lutar, e por outro é necessário saber parar de lutar antes que a situação se torne insustentável. Há situações em que inconscientemente sabemos que não conseguiremos alcançar o nosso objectivo, porque lutamos sem resultados visiveis e/ou porque não depende de nós, mas mantemos a nossa esperança pois é algo que está muito perto do nosso coração, algo em que depositamos muitas esperanças, algo que acreditamos ser “once in a lifetime”. Temos que ser realistas, confiar na nossa intuição quando algo nos diz que acabou. Porque se continuarmos a testar a nossa paciência vamos acabar numa situação em que os sentimentos positivos em relação ao objecto desejado se tornam extremamente negativos e prejudiciais não só para nós como para os que nos rodeiam. Baixar os braços nem sempre é sinal de fraqueza... Por vezes é sinal de maturidade e força interior!

1 comentário:

Anónimo disse...

Tavas bastante inspirada minha babe e ninguém melhor para falar, sobre nunca baixar os braços....

Não conheço ninguém mais perserverante e mais decidida quando quer alguma coisa senão TU...Mesmo que depois leves um tombo, rapidamente vejo uma babe com todo o seu esplendor voltar as luzes da ribalta e pronta para a vida...
Isto prova que todas as fases que no momento sentimo-nos incrivelemnte depré e que nunca vamos dar a volta por cima, estas fases más servem para amadurecermos e vermos como uma lição de vida...

Uma beijufa assim mtoo grandiii